À Minha doce Filha!
Meu Amor que já te tornaste mulher!!
Mas que para mim serás sempre garotinha
Quem te olha bem logo tudo te adivinha
Pois nada sabes esconder sequer
Transparente e tão doce menina
Com os meus traços imitados na tua mão
Dona de um lindo e enorme coração
Seres assim minha é a tua inteira sina
Dá-me lá um beijinho como só tu dás
E por favor espera ainda não te vás
Que eu quero dizer segredo guardado:
Há muito, muito tempo lá atrás
Deus me deu um tesouro abençoado
Tu! E Sinto-me por Ele recompensado!
Poema escrito a 30 de Novembro de 2005
(Imagem Retirada da Internet)
O Zézito
Numa grande cidade havia um casal muito feliz que tinha um filho com quatro anos.
Escusado será dizer que esse casal fazia tudo para que nada faltasse ao Miguel, assim se chamava o garoto.
A cada Natal que passava, o sopé da árvore de Natal acordava a 25 de Dezembro a abarrotar de presentes, eram tantos tantos que o Miguel explodia em euforia naquelas manhãs mágicas todos os anos.
Um ano houve que, à custa de tanto o Miguel lhes pedir, resolveram oferecer-lhe um pequeno cachorrinho!
Não um cachorrinho de corda que fala e dança, ou de pilhas que acende os olhos enquanto toca tambor...era um cachorrinho de carne e osso, o Ruka como a partir de aí se iria chamar. Ora nessa manhã de Natal o Miguel ainda mais radiante ficou...brincou brincou com o Ruka até não poder mais durante todo o santo dia.
O Natal passou, passou-se o Inverno e a Primavera convidava a longos passeios de carro para outras paragens. o entusiasmo pelo Ruka tinha-se arrefecido no Miguel assim como se arrefecia o entusiasmo por todos os brinquedos em virtude da desmesurada abundância. Lá ficava o companheirito, que entretanto tinha crescido imenso, na casota ao fundo do quintal da bonita vivenda onde morava o nosso casal.
Chegou o Verão e, escusado dizer, o Ruka estava confinado ao tamanho da corrente e apenas com a refeição diária posta com má vontade pela sempre apressada mulher a dias. O Miguel, esse, já não pensava nele, apenas sonhava nos seus cinco mimados anitos com a viagem que iriam fazer ao Brasil. Ia ser um mês inteirinho pelas praias tropicais a brincar e a comprar mais coisas lindas para brincar e que ele nunca tinha visto.
Para os pais do Miguel, o Ruka era o obstáculo àquela sonhada viagem!
Mas isso não os impediria de terem novamente as suas exóticas férias. Ainda se o Miguel tivesse afeição ao cachorro...não, decididamente estava fora de questão levar um cachorro de viagem que para além de toda a burocracia necessária seria um impecilho e nada mais.
Estava decidido, naquele 1 de Julho partiriam os três para o Brasil para gozar umas boas férias e o Ruka ficaria solto na rua que alguém lhe haveria de dar de comer até eles virem.
O Ruka, que já nem se lembrava que era Ruka pois há muito que ninguém o chamava pelo nome, a princípio não percebeu o abandono...sabia-lhe bem aquela liberdade...andar assim pela rua...sem o metro e meio de corrente a impedi-lo de correr, saltar...ops e quase que era atropelado...foi por pouco uffa!!
Veio Agosto, Setembro, Outubro, os pais do Miguel e o garoto já tinham regressado há muito tempo e nem deram pela falta do cão pois esse afastara-se sabe Deus para onde. Ora o cão já era uma sombra do que tinha sido...esfomeado, escanzelado e sujo...mas sempre com aquele olhar doce de quando era cachorrinho e apareceu no pé da árvore de Natal do Miguel.
O seu pelo já apresentava várias falhas derivadas de algumas disputas com outros cães de algum osso ou bocado de comida.
Parava agora no estacionamento de um grande hiper-mercado...sempre era mais seguro que andar na estrada e depois sempre à mesma hora tardia haveria todo o lixo, onde esperava encontrar o resto de uma maçã, um naco de gordura ou qualquer coisa que lhe matasse a fome.
No dia 20 de Dezembro a Rita, senhora extrovertida e divertida mas com um coração de ouro, iria fazer as suas compras de Natal, como era costume todos os anos àquele mesmo hiper-mercado. Deparou-se com o cão a olhar para ela com aqueles olhos doces e amedrontados e suplicantes que não resistiu.
Chamou-o...anda cá cãozinho anda cá...e levou-o até o seu carro de onde, do porta-bagagem, sempre prevenido para ocasiões idênticas, retirou um punhado de ração e lhe deu na boca. O cão devorou a comida sofregamente sempre a sacudir o rabo de contente. A Rita tinha que ir, já fizera a sua boa acção e agora eram as compras.
Feitas as compras para a consoada e para as surpresas ao seu marido, ao seu filho e ao seu próprio cãozinho, regressou ao carro sempre na esperança de vir a acabar de alimentar o cão ou fazer-lhe uma última festinha.
Não o viu...o seu olhar percorreu o parque de estacionamento, ainda deu meia dúzia de passos em cada sentido mas não o viu.
A Rita resolveu regressar a casa que distava 3 quilómetros do hiper-mercado sempre meio preocupada com o que teria sido feito do cão.
No dia seguinte, não resistiu, estava decidida a dar melhor sorte àquele cão branco mas já tão sujo de óleo queimado e terra que o que ele precisava era mesmo de um bom banho e de ser cuidado como devia ser.
Foi ao hiper-mercado e, no estacionamento procurou...procurou...assobiava...chamava...mas nem sinal do cão. Pobrezinho pensava ela que teria sido feito dele?
Para seu grande espanto, ao regressar ao seu apartamento, sentado à porta do seu prédio lá estava ele: o nosso cão!
A Rita levou-o para casa, deu-lhe banho e comida mas para seu desgosto, aquele cão já estava demasiado viciado em liberdade e não se dava num apartamento. Mais a mais o seu cão e ele disputavam os seus carinhos e atenção ferozmente...estava visto que não se davam.
A Rita não sabia o que fazer...desesperadamente colocou anúncios na internet...mas nada....alguns e-mails solidários mas esses de pessoas já com animais e que não podiam assumir o compromisso de ter mais um.
Até que um casal conhecido que morava um pouco distante quis aceitar o Zézito, pois a Rita tinha uma história misteriosa com um Zézito e resolveu que aquele nome assentava que nem uma luva no cachorro!
Esse casal a 23 de Dezembro levou o Zézito para a sua vivenda e lá o colocou no quintal numa bonita casota sem corrente para ele brincar por todo o quintal.
A Rita sossegou até que, naquela véspera de Natal, pois tinha-se passado um dia, telefona-lhe a Dª.Rosa que era a nova proprietária do Zézito, muito aflita a dizer que o Zézito tinha fugido de casa.
Parecia que aquele Natal ia ficar estragado para a Rita...logo à noite vou dar uma volta de carro para ver se o vejo, pensou. E se bem pensou melhor o fez, decidiu que após o jantar e enquanto não era meia noite teria tempo para procurar o Zézito.
Mas não foi preciso nem dar um passo para fora da porta do prédio...aquela mancha branca para além do vidro martelado da porta era o Zézito com certeza. E era mesmo!
Então naquela noite de Natal a Rita resolveu aceitar o espírito um pouco vadio do Zézito e ao mesmo tempo a sua fidelidade e dedicação, falou entusiasticamente aos vizinhos para nunca escorraçarem o Zézito das imediações do prédio, ao que todos concordaram e alguns até se ofereceram para lhe dar de comer sempre que a Rita se ausentasse e assim ficou combinado o destino do Zézito:
Dormiria onde bem lhe apetecesse, debaixo da varanda, no pátio do prédio, onde bem quisesse como ele gostava tanto e nunca lhe haveria que faltar de comer e miminhos tanto da Rita como de alguns vizinhos.
Nessa noite de Natal a Rita deu prendas à família, recebeu prendas do marido que a adorava, mas a sua melhor prenda de Natal foi vir à janela e espreitar o Zézito enroscado de barriguita cheia a dormir debaixo da varanda.
História inventada a partir de dois posts da http://kaldinhas.blogs.sapo.pt em 29 de Novembro de 2005
(imagem recolhida na Internet) Os Amigos Amigos são carinhos que recebemos sem data marcada. Estão sempre presentes. Amigos comunicam-se pelo coração. Amigos sentem. Amigos pressentem. Procuram-nos sem motivo, apenas para saber se estamos bem. Podem usar e-mail, telefone, carta, fax, mas o que prevalece é a voz da alma. Amigos não perguntam por que nos machucamos. Trazem o alento para amenizar a nossa dor. Amigos percorrem nossa estrada aparando espinhos. Aceitam-nos como somos, virtuosos ou imperfeitos. Somos seu complemento, jamais seu espelho. Amigos nos dão força quando estamos desvalidos. Amigos oferecem seu ombro para chorarmos. são pedras preciosas, tesouros que habitam em nosso ser mais profundo, são irmãos de alma, inestimável presente de Deus Poema da Tuxa a quem mando daqui um beijo terno e um forte abraçoJ
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O Melhor Abraço O Abraço do meu filho é tão bom!!Sinto no meu peito tanto calor De um diferente e grande amor E só da respiração se ouve o som Deito-lhe a cabeça no meu ombro E aperto-o com força contra mim É o meu próprio sangue que assim Está em mim para meu assombro O abraço do meu filho é ternura Orgulho, brio e grito de coragem Como quem diz: companheiro de viagem Por mais que ela te esteja a ser dura A minha confiança em ti perdura Meu velho, meu pai amigo, meu pajem Poema escrito a 29 de Novembro de 2005 |
(Imagem recolhida na Internet)
Absorto e seduzido
Prende-me toda a tenção esse botão
Solto e desabotoado no teu peito
Dando a perceber como é perfeito
Esse pedaço da tua sedução
Absorto não desprendo o olhar
Mas logo disfarço se o teu
Me indaga o que olho eu
E todo eu me sinto a corar
Coro dizendo-te a ti que sim
Que tive ideias de desejo
Que me apetece um doce beijo
Nesse peito para mim assim
Como porta de proibido jardim
Que ouve o meu forte latejo
Poema escrito a 28 de Novembro de 2005
(Imagem recolhida na Internet)
O Tempo Zero
Longo é o tempo do intervalo
Entre um e outro momento pleno
E decorre como Domingo ameno
Até chegar de novo tempo de regalo
O tempo zero do prazer atingido
Que dura até o corpo ficar saciado
Num tempo por isso mesmo estacionado
No objectivo, estanque e perdido
E Vamos vivendo de prazer em prazer
Ora de comer, beber ou escrever
Fazer amor ou a alma deliciar
E há muito intervalo a acontecer
Que faz a memória do verbo estar
Até nova forma de ser e de amar.
Poema escrito a 27 de Novembro de 2005
(Imagem recolhida na Internet)
Visita ao Sonho
Também vivo aqui muito própria Vida
Que é presente para mim ao escrevê-la
E passado quando te dispuseres a Lê-la
Mas não te quero confundir minha Querida
Futuro é o verso em branco não escrito
Que ainda não sei com que vai rimar
Mas sei que isto sou eu ao sonho visitar
Enquanto o despertador não solta o apito
Já passou e foi com a palavra apito
Que o futuro passou a ser proscrito
Na rima que eu ainda não conhecia
Mas já vejo o teu espírito muito aflito
Nesta hora passada e já tão tardia
Onde em teu presente o meu sonho aconteceria
Poema escrito após ver a peça de teatro Os Sonhos de Einstein em cena
No Teatro da Trindade em Lisboa e ainda a sonhar no dia
27 de Novembro de 2005
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